O Massacre Artiguista de 1816
por Carlos Alberto Potoko
Diante dos festejos dos 200 anos dos ideias de Artigas, que se iniciou em 15 de fevereiro de 1811 e será festejado com reconhecimento por todos os fronteiriços durante o mês de fevereiro de 2011, inclusive com o lançamento de um selo pelos Correios do Brasil, lembrei-me de uma passagem de seus seguidores nesta fronteira. Isso e muito mais está registrado no meu livro digital, intitulado “1823” a ser lançado em abril.
Em 1814 foram iniciados os trabalhos de erguimento de uma Capela, sob a invocação Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A povoação ia progredindo, já contando com cerca de 40 casas, quando certo dia uma tragédia se revelou no Povoado dos Aparecidos, como era conhecido na época. Era um povoado perdido em terras perigosas, pois os castelhanos sempre passariam por ali a caminho das Missões.
No meio da ventania do minuano, no sibilar cortante daquele vento sulino, abrigavam-se, na sotaina (batina de padre), o corpo enregelado das crianças índias. O gado, as mulas, os cavalos eram amigos e sofriam também como eles, pois era uma nova raça surgindo no entremeio de uma guerra de fronteiras. Por isso, a fé funcionava. Deus era bem maior e até poderia defendê-los da castelhanada artiguista.
Mas, um dia, eles viram pelos lados de Quaraí, surgir por trás de uma coxilha, centenas de cavalos, fechava o grupo, o Coronel Verdun, índios e cães cimarron feios, uns de orelhas caídas, chegaram com grande alarido, assustando, derrubando e matando. O povo espavorido saiu a vadear pelas terras e arroios, fugindo dos soldados e índio liderados pelo Andresito, filho de criação de Artigas que, em fúria, vinham arrasando tudo que fosse obra de portugueses.
Conforme o padre José Paim Coelho de Souza, então Cura de São Borja, naqueles dias de guerras e de invasões, a única coisa que os guiava era a fé. Fé em Deus, fé no trabalho, fé nos soldados e, principalmente, fé em Jesus e Nossa Senhora.
Nada os faria mudar a direção da vida, pois as escolhas ficavam apenas entre o Reino de Portugal ou o Reino da Espanha. Poucos sabiam ler e escrever. Apenas era Deus que funcionava. A fé era o sustentáculo da esperança.
Disse o Padre: - Era o dia 16 de setembro de 1816. Olhava aquilo tudo com amargura, para o pequeno povoado e todos fugiam em desesperada corrida, deixando para trás tudo o que haviam construído. “Deus não nos desamparou, apenas se ocupava com a acomodação do futuro". Ali ficou, nesse 16 de Setembro, o nosso coração, enterrado nas margens do Inhanduí. Nunca mais lá choraríamos nossa terrinha. Fomos fugindo pelo campo a fora, sem saber para aonde ir e nem aonde chegar. Tudo se turvou naquele início de primavera tristonha.
O Povoado dos Aparecidos ficava no Rincão de São Diogo, que serviu de base de operações de um destacamento ao comando do Capitão José de Abreu, que expulsou várias vezes da região os artiguistas que tentavam invadir a região. Depois do massacre, os moradores foram obrigados a abandonar o local, estabelecendo-se no acampamento militar ali próximo, dando origem assim, ao Curato de Alegrete e outros ao Curato de Sant’Ana. São Diogo passou a ser conhecido, desde então, por Capela Queimada.
D. Diogo de Souza, na campanha de conquista do distrito de Entre-Rios, pertencente à Alegrete, doou muitas sesmarias a militares que dela participaram. E, assim, povoou-se a região com lideranças capazes de desenvolvê-la e defendê-la militarmente, quando necessário.
Comentarios (0) ¡Sólo los usuarios registrados pueden escribir comentarios!
Joomla components by Compojoom
Última actualización el Miércoles, 02 de Febrero de 2011 13:44
contenidos
Portada
Noticias
Columnistas
opinión
Lectores
Anteriores
Secciones
institucional
Derivera
Contacto
Mensajes
columnistas
Cacho Silveira
--------------------------------------------------------------------------------
C. Bentancurt
--------------------------------------------------------------------------------
Michel Croz
--------------------------------------------------------------------------------
Lic. Antonio Boero
acceso
Nombre de usuario
Contraseña
Recordarme
¿Olvidó su contraseña?
¿Olvido su nombre de usuario?
Regístrese aquí
cartelera
Sin eventos por el momento.
Tiempo para Rivera
26C 30C
Jue Vie
cambio
medios locales
cx 144 radio rivera
cx 122 reconquista
activa fm 89.9
acacia fm
rcc fm
jornal a platéia
diario norte
fronteira da paz
rivera cultural
tv 10 rivera enlaces
novedades
cecap llama a inscribirse
asamblea de concejales
Desde la costa rochense III
ceibalitas a brasil
muestra fotográfica en bps
red de fútbol callejero
liceo 6: convocan al consejo liceal
O Massacre Artiguista de 1816
El Tío de las minas de Potosí
partido nacional cuestiona presupuesto
Desde la costa rochense II
Sobre el estado de las cosas
gre-nal en rivera
Autoridades regionales
nuevos impuestos
fiesta en tranqueras
Dramaturgia G
integración fronteriza
Minas de Corrales
Desde la costa rochense
pepa & balaca - de año nuevo - por elele
de otro año nuevo
el 25 nació un niño
y lo bautizaron Jesús
el primero nació un año
y lo llamaron Próspero
no me enclator
el año llegó nuevito
pero ya se empezó a gastar
ahorren che !!!!
gasto público
ver más muros
Portada | RSS Feed | Sistema
jueves, 10 de febrero, 2011 19:35:32derivera portal - titulares de la portada
De: "derivera@adinet.com.uy"
Para: revistadigital@derivera.com.uy
--------------------------------------------------------------------------------
QUERIDAS AMIGAS Y AMIGOS
los invitamos a compartir las novedades de la frontera en
derivera portal
www.derivera.com.uy
ahora les ofrecemos novedades todos los días
y la posibilidad de comentar los artículos presentados
registrese como usuario en derivera portal desde aqui
n o v e d a d e s d e l a p o r t a d a
Cecap llama a inscribirse
convocan a jóvenes y
adolescentes que no estudian
Asamblea de Concejales
riverenses crearon ámbito
para incidir en políticas de sus municipios
Ceibalitas a Brasil
tarso genro quiere experiencia uruguaya en
rs a cambio de banda ancha en zonas de frontera
Muestra fotográfica en BPS
se expondrá trabajo de jubilados
y pensionistas del interior
y a d e m á s
Desde la costa rochense III
por Cacho Silveira
O Massacre Artiguista de 1816
por Carlos Alberto Potoko
El Tío de las minas de Potosí
por Rápale Ficher Scaraffuni
No hay comentarios:
Publicar un comentario