O Martín Fierro dos Gaúchos
por Carlos Alberto Potoko
"Por asimilación, si no por la cuna,
soy hijo de gaucho, hermano de gaucho,
y he sido gaucho.
He vivido años en campamentos,
en los desiertos y en los bosques,
viéndolos padecer, pelear y morir;
abnegados, sufridos, humildes,
desinteresados y heroicos"
José Hernández, 1881.
Por narrar ao longo de 395 estrofes-sextilhas a vida de um gaúcho da região dos pampas, com estrofes acolchoada por um vocabulário conhecido, que expressa seus sofrimentos, indignações, contestações, esperanças etc. José Hernandes ao longo de seus 13 capítulos, nos conta a história de um gaúcho que "perde sua liberdade" ao ser convocado à força para servir de um exército que não lutava pelo que ele acreditava. Sendo vítima de inúmeras arbitrariedades de seus superiores, em pouco tempo se transforma em um desertor e, depois, ao regressar para casa, descobre que esta havia sido destruída e sua família tinha desaparecido.
Tomado pelo desespero, o desertor, e também payador, se une aos índios e se torna um fora-da-lei. O sargento Cruz, que o perseguia, acabou por se tornar seu grande amigo e, ambos partiram em busca de um lugar para viver em paz, na esperança de um dia poderem rever seus entes queridos. Porém, a sorte não os ajuda e vêem-se prisioneiros de índios selvagens.
O ponto-chave da obra está intimamente ligado à exaltação da figura do gaúcho rebelde, e sumariamente, às questões universais que o circundam como a vida, a morte, a injustiça, o sofrimento, a crueldade, a violência, a liberdade e o destino de um homem. Proclamando, com isso, uma espécie de literatura popular independente dos modelos empregados na literatura européia daquele momento.
Entre 1852 e 1872, durante uma época de grande agitação na Argentina, defendia a postura de que as províncias não deviam permanecer ligadas as autoridades centrais, estabelecidas em Buenos Aires. No ano de 1853 veste uniforme militar e combate no Rincón San Gregorio contra as forças do coronel rosista Hilario Lagos (que eram contra os gaúchos). Correspondendo aos seus ideais sob as ordens de Urguiza, enterviu nas batalhas de Pavón e Cepeda (1859) e lutou junto ao caudilho Lópes Jordán na última rebelião gaúcha contra o governo de Sarmiento, um abortado movimento que finalizo em 1871 com a derrota dos gaúchos e o exílio de José Hernandes no Brasil em Sant’Ana do Livramento - RS. Dois anos mais tarde ele regressa a Argentina, funda um jornal “Revista del Rio de La Plata” , depois como deputado e senador defende suas idéias como legislador, dá inicio a sua carreira de poeta e em 28 de novembro de 1872 no diário “La república” anuncia “El gaucho Matín Fierro (Martín em honra a Martín Güemes). Morre em 21 de outubro de 1886. Em sua homenagem, em 10 de novembro de 1834 (aniversário de seu nascimento) se festeja na Argentina o Dia da Tradição.
Sem dúvida nenhuma, as obras fundamentais que constituem o patromônio cultural da Argentina é Martín Fierro, poema aos gaúchos que descreve José Hernandes (1834-1886). O poema que consta de duas partes: “El Gaucho Matín Fierro”, escrito em 1872 y “La Vuelta de Martín Fierro” que data de 1879 – é considerada a obra maior de um escritor argentino, um dos mais originais do romantismo hispânico.
Carlos Alberto Potoko
revista derivera
UNA WEB SIN FINES DE LUCRO,DESDE EL SUR-RIO DE LA PLATA.. ARTE y cultura de Uruguay el pais celeste blanco y oro y Argentina reina del Plata VISITAS DE LECTORES DEL PLANETA
CHARRUA( uruguaya ,oriental o yorugua)------------------la primer CHARRUA( uruguaya ,oriental o yorugua) que fue jurado del Metropolitano de Tango y del Jurado Mundial ,por merito propio,ahora seleccionada como "maestra reconocida mundialmente",dara un Seminario de Alta Intensidad en el Mundial.No solo es futbol mundial el Uruguay."Tanguera Ilustre de Buenos Aires" "Condor de Oro de San Luis,Argentina....Quien es? L.L. pasion,voluntad y tecnica.Tecnica,voluntad y pasion.Abriendo caminos para Uruguay,embajadora cultural de este Paisito que es un gran Pais con mayuscula. --
Ver .The one,
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